quinta-feira, 3 de novembro de 2011

“A lei deveria proteger os feios”


Autor do livro “Beauty pays: why atractive people are more successful” (“A beleza rende: por que as pessoas atraentes são mais bem sucedidas”), Daniel Hamermesh calculou em US$ 230 mil o valor que uma pessoa extremamente atraente recebe a mais do que uma feia ao longo da vida por conta de sua aparência. Na entrevista abaixo, o economista da Universidade do Texas, nos EUA, explica por que acha que esse tipo de benefício é “puro preconceito” e que deveria haver uma proteção legal para as pessoas sem dotes estéticos.


Algumas pessoas vão ler o seu livro e pensar que existe uma injustiça contra os mais feios. Essa é uma forma justa de interpretar o seu livro? Precisamos fazer alguma coisa contra essa “injustiça”?

Meu sentimento pessoal é de que as desvantagens de ser feio não são diferentes das desvantagens de ter alguma incapacidade ou, como no meu país, ser de alguma determinada raça. Logicamente, é muito difícil mudar a sua aparência, nascemos assim. E, por isso, acho que esse tratamento dado aos feios no mercado de trabalho é pura discriminação. Se não houvesse prejuízo, se não houvessem efeitos colaterais, eu não seria a favor de algum tipo de proteção para as pessoas de má aparência.

Como essa proteção funcionaria? Seria preciso algum tipo de parâmetro legal para definir quem é feio e quem não é?

É muito direto. Atualmente, protegemos os portadores de deficiências nos Estados Unidos contra discriminação nas contratações através do Americans with Disabilities Act, como acontece em outros países. O que acontece é que não existe uma definição de deficiência. Existem grupos de pessoas que acreditam que um empregador específico praticou discriminação contra elas e quese juntam em ações civis contra o empregador. Alguém pode fazer a mesma coisa com aparência. Por exemplo, a Abercrombie & Fitch supostamente teria dito aos seus gerentes que queriam promover pessoas sensuais. E essa é uma típica declaração discriminatória. Se os feios estivessem protegidos pela lei, eles estariam processando a Abercrombie & Fitch - e teriam um argumento muito bom. Então, você não precisa definir feiúra, você precisa de um grupo de pessoas que digam, “sim, aqui está um conjunto de ações discriminatórias em que a gente se qualifica”.

Fora da questão legal, as pessoas precisam agir de forma diferente diante da beleza? Muitas pessoas pensam que a preferência pelos belos é algo natural, que vem da nossa seleção natural e que não há nada que possa ser feito.

Eu discordo disso. Talvez pode ter sido algo relacionado com seleção natural e evolução alguns milhares de anos atrás. Mas, agora, ser bonito não é uma garantia maior de capacidade de reprodução do que ter duas orelhas. Boa aparência é um indicador de boa saúde tão bom quanto qualquer outra coisa. A beleza não tem mais nenhuma relevância evolutiva, é algo que sobrou do nosso passado. E por essa razão acredito que não há mais justificativa para isso. Sim, as pessoas precisam mudar suas atitudes. Mas o problema está em todos nós, não apenas nos maus.

Em que casos a escolha dos mais belos pode ser justificada? Além do mundo da moda ou do cinema, em que tipos de empresas a contratação de alguém bonito pode ser uma prática justa?

Essa é uma pergunta muito difícil. Por exemplo, a cadeira de restaurantes Hooters (onde as garçonetes atendem com roupas mínimas) pode argumentar que precisa de mulheres bonitas porque isso faz parte do seu nicho de mercado. Talvez eles possam se safar dessa. Mas o que acontece se uma loja de departamentos precisa de mulheres bonitas para vender maquiagem? Onde se estabelece o limite? Você está pedindo uma resposta muito difícil. Consigo imaginar alguns casos em que a beleza esteja justificada, mas daí vejo outras empresas dizendo: “nós precisamos de beleza também porque as pessoas querem isso”. A questão é: como estabelecer um limite? Eu não tenho a resposta.

Seu trabalho é baseado em médias: algumas ocupações pagam um prêmio pela beleza bem mais alto que outros. Quais são esses ramos onde ser bonito faz muita diferença?

Analisei estudos de oito ocupações diferentes. Em todas elas a beleza importa. Obviamente, importa mais em umas do que em outras. Mas até entre professores, onde você poderia pensar que aparência não faz nenhuma diferença, a beleza faz muita diferença. É claro que importa mais em empregos para vendedores. Os estudos sobre prostituição mostram que faz muita diferença neste setor também. É muito importante na política, o que não é surpreendente. Sim, a média não é pequena, mas também não é grande. E, sim, varia muito entre as ocupações. No entanto, em todas as que pesquisamos, a beleza importa. E esse é um argumento crucial.

Em algum tipo de emprego você ficou chocado com o tamanho do prêmio da beleza?

Fiquei surpreso com as pesquisas que eu e outros pesquisadores fizemos sobre professores. Não consigo entender porque a beleza importa para professores, que estão lá para transmitir conhecimento. E, ainda assim, alunos vão prestar mais atenção e vão faltar menos se o professor for atraente. Acho que não é surpreendente, mas mostra como essa discriminação está por todas as partes.

Quanto um professor bonito ganha a mais do que um feio?

Um estudo recente no Canadá diz que é algo em torno de 6% a 8%. Não é um número desprezível.

Enquanto o comportamento geral da sociedade não muda, a educação é a única saída para os feios compensarem a desvantagem?

Sim, claro, a educação importa muito e importa mais do que o visual. Mas digamos que você seja feio e burro. Estas não são as duas características que fazem diferença. Força, personalidade e habilidades artísticas também fazem diferença. A questão é que, se você não for muito bom em alguma característica, deve tirar vantagem das coisas em que você é bom. Trabalhe seus pontos fortes. Existem muitas coisas que influenciam o sucesso das nossas vidas. Só porque falta uma coisa na sua vida, não significa que podem não pode se dar bem. Esse é o principal conselho do livro.

A beleza pode ser uma armadilha para os mais belos?

Acho que não. Mas, sim, se você só tem beleza, você não vai muito longe porque há outras coisas que importam o tanto quanto. No entanto, a beleza te dá uma vantagem. E, nesse sentido, não é uma armadilha, é uma bênção. O meu estudo diz qual é o tamanho dessa vantagem. Ela tem um tamanho significativo, mas está longe de ser tudo. Se eu fosse um adolescente bonito e inteligente, diria “eu tenho essa vantagem, mas eu quero mais e tenho que trabalhar nessas outras dimensões da vida”.

A beleza está cada vez mais importante?

Não acredito nisso. Primeiro, um dos estudos que eu cito no livro foi feito nos Estados Unidos há 10 anos e mostra dados muito parecidos com os meus, que são baseados em dados dos anos 70. Segundo, as pessoas sempre foram preocupadas com as aparências. Sim, estamos falando bastante disso agora e o assunto está mais visível para mais pessoas por causa da mídia de massa. Mas, em termos de sociedade, não vejo nenhum crescimento. Não acho que vá ficar pior ou que vá melhorar logo adiante. Prevejo pouca mudança.

O preconceito baseado em aparência é uma causa relevante que pode interessar os políticos para criar novas leis?

Eu certamente não quero me envolver pessoalmente em lobby. Mas o Americans with Disabilities Act (Lei contra o preconceito voltado à pessoas com deficiências nos EUA) foi resultado de lobby de grupos interessados. E posso imaginar que grupos de pessoas que se sentem discriminados por causa da aparência podem pressionar seus representantes para criar leis neste sentido. É assim que sempre funciona em uma democracia. Talvez aconteça. Certamente não vai acontecer agora devido ao desemprego alto no meu país. Esse é o tipo de coisa que é discutida durante os bons tempos. Quem imaginaria nos anos 70 que teríamos o Americans with Disabilities Act nos anos 90?

sábado, 8 de outubro de 2011

Filme sobre a vida de Steve Job

Steve Jobs


     Segundo o site Deadline, a Sony Pictures está negociando a aquisição dos direitos da biografia de Steve Jobs para produzir um filme sobre o cofundador da Apple.
A morte de Jobs foi anunciada pela Apple na última quarta-feira (5), após uma longa luta do executivo contra o câncer.
     A Sony está tentando comprar os direitos da biografia escrita por Walter Isaacson, que fez mais de 40 entrevistas com Jobs. Ainda segundo o Deadline, Mark Gordon está previsto como produtor da cinebiografia de Jobs.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Rio Grande do Sul adquire uma moeda própria "PILA"


Notas de 10 pila foi a primeira a ser lançada.

    PORTO ALEGRE, CAPITAL DOS PAMPAS, REPÚBLICA PIRATINI- Aprovada pelo Presidente Tarso Genro, entrou em vigor no dia 20 de setembro a nova moeda do RS. O já conhecido "pila" terá  modelos de notas exclusivos que exaltarão as riquezas do RS.
          De acordo com o Presidente do Banco Central do RS, Marlon Hopner Borowski, as cédulas não poderão ser falsificadas e serão extremamente resistentes: - O material utilizado na confecção das notas é indestrutível.
           É feito com couro de búfalo e uma mistura de erva mate e sal grosso. Se uma bomba nuclear cair sobre o RS apenas as baratas e as notas de pila sobrariam.
            Além do material ultra-resistente o câmbio será ajustado.
           Agora todas as outras moedas do mundo girarão em torno do pila: - Agora que o Banrisul ajudou os EUA e eles tão com dinheiro o dólar vale algo como RS$ 0,57 de pila. A nossa moeda é a mais valiosa do RS e do mundo - encerrou Borowski.

O mapa da violência em Pelotas este ano

Veja o mapa da violência somente esse ano!


Visualizar Mapa da Violência 2011 em um mapa maior

Reforma da Caixa d água em Pelotas

 
 
 
 
 Fotos Carlos Queiros

Steve Jobs

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Os melhores e os piores do Rock In Rio 2011



O Rock in Rio disse adeus na manhã de segunda-feira com o show do velhinho AXL vocalista da banda Guns N' Roses. Antes da banda norte-americana, outras dezenas de atrações chamaram a atenção durante sete dias de festival na Cidade do Rock.

o melhor e o pior do Rock in Rio 2011


Metallica: No primeiro final de semana do Rock In Rio a banda levou ao Palco Mundo grandes sucessos de sua carreira, e mostrou o poder do Metal. Com James Hetifield inspirado nos vocais e na guitarra, além de Kirk Hammet e o sempre elogiado Lars Ulrich na bateria, o grupo vez a nação do Rock uma verdadeira capela. (Nota 8.5)

System of a Down: Com mais de 30 músicas no SETLIST SOAD fez um show sem frescura, franco e direto com sucessos antigos e mais recentes. Mostrando que um show não precisa necessariamente de frecuras.(8.0)

Slipknot: A gurizada mascarada fizeram um show que certamente é um dos melhores de suas careiras, que contou com muita interação da plateia. O vocalista da banda, Corey Taylor estava com sangue nos olhos e certamente foi um dos melhores shows do Rock in Rio.(9.0)

Stevie Wonder: Sinceramente eu não assisti o show, por que estava com prova no dia seguinte, mas vi pelo youtube e certamente foi um show memorável e que vai marcar época, digno de comparações com o show do QUEEN do Rock in Rio 1985.A lenda da música emprestou ao Rio de Janeiro um pouco da sua genialidade e emocionou milhares de fãs, inclusive fazendo a Cidade do Rock cantar em peso o maior sucesso de Tom Jobim, "Garota de Ipanema".(9.5)

Coldplay: O melhor show. Um espetáculo de som e luzes contagiou a cidade do Rock. A banda que estava era uma das mais esperadas do evento e não decepcionou. Chris Martin, sempre irreverente, esbanjou carisma e interação com a plateia, e deixou um gosto de quero mais. (MELHOR SHOW)

Maroon 5: show ficou acima da crítica e agradou até aqueles que não conheciam a banda em detalhes. Sucessos já conhecidos por aqui emocionaram e fizeram a Cidade do Rock cantar.

Elton John: mesmo prejudicado por ter sido escalado entre duas atrações teens, muitos foram à Cidade do Rock para ver o músico desfilar grandes sucessos no palco. Foi um dos momentos mais emocionantes desta edição do festival.

Red Hot Chili Peppers: talvez sentindo a falta de seu guitarrista John Frusciante, os californianos fizeram uma boa apresentação, mas mostraram não ser mais o Red Hot de alguns anos atrás.

Janelle Monáe: a norte-americana surpreendeu e fez um show completo, muito animado. Ela mostrou uma enorme potência vocal, chamando a atenção dos presentes.

Frejat: acostumado a festivais e grandes shows, o ex-Barão Vermelho cantou sucessos escritos por Cazuza e algumas de suas canções. Não deixou a desejar.

Katy Perry: em um show para lá de animado e cheio de atrações, a cantora não fez feio no festival e marcou seu nome no evento. Foi um dos momentos mais divertidos do Rock in Rio 2011.

Capital Inicial: Dinho Ouro Preto esbanjou carisma e colocou a Cidade do Rock para cantar com hits que marcaram a carreira do Capital, além de canções da época do Aborto Elétrico, escritas por Renato Russo.

Motörhead: Com seus mais de 60 anos, Lemmy conseguiu fazer um show tecnicamente perfeito com a banda, antes de apresentações históricas de Slipknot e Metallica.

Jamiroquai: grupo colocou a Cidade do Rock para dançar em show enérgico e vibrante.

Ivete Sangalo: Sinceramente fiqui surpreendido com a baiana que "levantou poeira"

Jota Quest: Não foi tarefa dificil para os mineiros que possuem uma caixa repleta de chicletes músicais, Rogério Flausino fez todos cantarem e não fez feio.

Concerto Sinfônico Legião Urbana: Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, a OSB e convidados homenagearam Renato Russo e fizeram público cantar sucessos em peso.

Os Piores

Ke$ha ao vivo = LIXO. Nunca vi um artista mudar tanto como ele.

Rihanna: muito atrasada e demonstrando pouca disposição, os hits da cantora empolgaram poucas pessoas na Cidade do Rock.

Lenny Kravitz: cantor se esforçou, mas não conseguiu contagiar quase ninguém com suas músicas. Poucos sucessos e pouco carisma.

Claudia Leitte: O pior Show! cantora foi vaiada, tentou inventar mil desculpas e foi mal recebida pela crítica. Público da Cidade do Rock não gostou.

NX Zero: sucessos da banda ficaram pequenos para imensidão do Rock in Rio. Di Ferrero parecia nervoso e não conseguiu contagiar a plateia.

Vale o Click...